Falta de ar no início da gravidez

O crescimento do bebê pode provocar falta de ar no início da gravidez e outros sintomas na gestante. Venha conosco e saiba mais.

 

O início da gravidez é um momento mágico, em que a mulher sente um misto de sensações e muitas emoções também. Mas desde as primeiras semanas, é comum que elas comecem a sentir alguns desconfortos, como falta de ar, azia, dificuldade para dormir, dentre outros. Esses sintomas podem assustar as mães de primeira viagem.

Por isso, confira a seguir se sentir falta de ar no começo da gravidez é normal e o que fazer para evitar. Além disso, vamos tratar sobre outros sintomas frequentes durante a gestação que podem incomodar as mães.

 

Falta de ar no início da gravidez

Desde os primeiros dias de vida do bebê, o corpo da mãe já começa a sofrer algumas alterações para se preparar para gerar aquela vida de maneira saudável. Neste período, muitos órgãos do corpo se deslocam para dar espaço para o bebê. Com o passar do tempo, o útero cresce e o coração, estômago e diafragma se espremem mais para ceder espaço ao bebê.

É neste momento que as mães começam a sentir alguns incômodos, como a falta de ar. O diafragma, fundamental para o sistema respiratório, se desloca, fazendo com que as mães sintam maior dificuldade para respirar.

Além do diafragma, o tórax também precisa se adaptar para dar espaço ao bebê, por isso, conforme o diafragma se eleva, a circunferência formada pela caixa torácica também aumenta.

Em decorrência desse processo, a capacidade pulmonar se modifica também. A partir dessas mudanças, as mães começam a sentir falta de ar, conhecida como Dispneia. Vale lembrar que a falta de ar durante a gravidez também pode ser provocada pelos hormônios da mulher.

A falta de ar no início da gravidez é comum a várias gestantes

 

Durante a gravidez, a produção dos hormônios estrogênio e progesterona pode provocar mudanças nos sistemas respiratório e circulatório das mães de primeira viagem. A mucosa que se aloca nas vias respiratórias faz com que a dilatação dos vasos seja maior, podendo ocasionar sangramento no nariz e incômodos na garganta.

Já mencionamos como o útero cresce conforme a evolução do bebê, para ser capaz de abrigar essa vida. Com isso, o peso deste órgão aumenta e é normal que, em algumas posições, as mães sintam falta de ar por esse motivo.

Quando a mulher se deita de barriga para cima pode ocorrer a compressão sobre a veia cava, responsável pelo retorno do sangue venoso, ou seja, pobre em oxigênio, dos membros para o coração. Por isso, as gestantes são orientadas a dormir deitadas sobre o lado esquerdo do corpo.

As alterações no corpo da mulher durante a gravidez também podem ser percebidas nos exames de rotina. O pH do plasma sanguíneo aumenta em decorrência da hiperventilação, que faz com que o bebê receba mais oxigênio, mas que também pode causar tonturas em excesso nas gestantes.

Auxílio respiratório à gestante

 

Técnicas para aliviar a falta de ar no início da gravidez

Para mitigar a sensação da falta de ar durante a gravidez, é recomendado que a gestante realize exercícios de relaxamento e use técnicas respiratórias. Os exercícios físicos específicos para gestantes auxiliam no alívio dos sintomas de desconforto da gravidez, além de prevenir dores decorrentes da gravidez.

A também é fundamental para o período gestacional. Respirar adequadamente passa a mensagem de que “está tudo bem” para o cérebro, diminuindo o estresse e impedindo a secreção de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que atua no mecanismo do estresse em resposta à dor.

Os benefícios da consciência respiratória e dos exercícios para gestantes se aplicam ao período gestacional, mas também durante o trabalho de parto. Exercícios físicos, de relaxamento e respiratórios, realizados sob orientação e acompanhamento de especialistas, como natação e yoga, são extremamente importantes durante toda a gestação.

Além de auxiliar, e muito, no maior controle da ansiedade, estresse e até na consequente regulação e melhora da imunidade. Vale lembrar que só por volta da 36ª semana de gravidez que a falta de ar deixa de ser um incômodo para as mamães, já que o bebê provavelmente já estará encaixado.

A ansiedade costuma gerar falta de ar no início da gravidez

 

Ansiedade pode agravar a falta de ar

Outro fator que pode provocar falta de ar durante a gestação é a ansiedade. Em decorrência da mudança da vida da mulher depois da descoberta da gravidez, é natural que as mães se sintam inseguras, estejam constantemente preocupadas com a sua saúde e a do bebê. Essa preocupação é válida, mas em excesso pode prejudicar as gestantes e os bebês.

Controlar a ansiedade, seja durante a gestação ou em outro momento da vida, é um desafio e tanto, ainda mais se for sem a orientação de um profissional. Dentre os sintomas da patologia estão palpitação cardíaca, falta de ar, insônia, crises de pânico, medo em excesso, dentre outros. Vale lembrar que a ocorrência desses fatores estimula a liberação de hormônios do estresse, que prejudicam a mãe e o bebê.

Por isso, além de fazer exercícios físicos especiais para gestantes que ajudam a relaxar, e cuidar da alimentação, é importante procurar um psicoterapeuta para tratar o transtorno de ansiedade. Por fim, vale ressaltar que as gestantes não devem fazer o uso de remédios calmantes sem orientação médica.

Gestante em momento de cansaço

 

Cansaço também pode ser um problema

Além da falta de ar, as gestantes também se queixam do cansaço. A fadiga é mais um dos efeitos das mudanças que ocorrem no corpo da mulher durante a gestação e pode sofrer altos e baixos dependendo do trimestre da gravidez.

No primeiro trimestre, o nível do hormônio progesterona no sangue aumenta, fazendo com que a gestante se sinta mais cansada e sonolenta. Junto a isso, é normal que o metabolismo da mulher queime mais energia no começo da gravidez, deixando a gestante ainda mais cansada.

Os altos e baixos das emoções também influenciam o cansaço durante a gravidez neste primeiro trimestre. Os enjoos e a micção frequente durante as horas de sono também impedem que a qualidade do sono seja mantida, colaborando para o cansaço.

Também conhecido como “lua de mel da gravidez”, o segundo semestre costuma ser livre de agitações e de cansaço. Isso acontece porque nesta fase o corpo já está mais acostumado com os níveis elevados de hormônios. No entanto, não estranhe se o cansaço bater às vezes, já que, quanto mais o bebê cresce, mais pesa.

Na reta final da gravidez, no último trimestre, o peso do bebê será ainda maior e o cansaço também. Junto da fadiga, dores de cabeça e um pouco de ansiedade podem atingir a mãe em cheio, atrapalhando as noites de sono, já que a qualquer momento o bebê pode chegar.

Para driblar os efeitos da fadiga, é fundamental investir em uma boa alimentação, já que muitas vezes a fadiga está ligada à ausência de ferro e proteína no sangue da gestante. Além disso, manter-se ativa fisicamente e tentar ter boas noites de sono são outras atitudes que podem mitigar os efeitos do cansaço.

Gestante descansando

 

Yoga auxilia na diminuição da falta de ar no início da gravidez

O yoga está na lista das práticas que auxiliam as mamães durante e depois da gestação e os benefícios para a mãe e para o bebê são inúmeros. Além disso, a prática de yoga é uma aliada do autoconhecimento, fazendo com que a mulher compreenda as mudanças de seu corpo, reflita sobre a gestação e fique cada vez mais segura.

Além dessas contribuições, a prática do yoga traz benefícios para a vitalidade física da mulher. Os exercícios propostos em aula fazem com que a mulher adquira maior flexibilidade e qualidade da postura, evitando, assim, dores nas costas, sintomas bem comuns na gravidez. O controle da respiração também é ensinado nas aulas, ajudando a diminuir a ansiedade e a falta de ar, sintoma comum durante a gravidez.

A prática do yoga pode diminuir a falta de ar no início da gravidez

 

A falta de ar durante a gravidez é um dos fatores que levam muitas gestantes a procurar a emergência de um hospital com medo de que seja algo grave. Porém, na maioria dos casos, esse sintoma está associado às mudanças físicas do corpo da mulher.

Para aliviar esse sintoma, técnicas de respiração e exercícios físicos específicos para gestantes podem ser boas opções. No entanto, se a intensidade da falta de ar persistir e se tornar insustentável, é fundamental procurar um médico para saber como prosseguir neste caso.