A adolescência do bebê pode ser uma fase desafiadora e que demanda muita paciência dos papais e mamães.
Ao longo dos primeiros anos de vida de nossos bebês - na verdade, até sua vida adulta - compartilhamos de momentos marcantes, divertidos e de muito aprendizado. Porém, como nem tudo são flores, nossos pequenos também podem desenvolver hábitos não muito agradáveis e sentimentos novos de um dia para o outro em fases como a que é conhecida como ‘adolescência do bebê’.
Neste estágio, eles tendem a se frustrarem facilmente com pequenas situações e agem literalmente como mini adolescentes, exigindo muito cuidado e, sobretudo, paciência de seus pais.
Venha conosco, conheça mais sobre a adolescência do bebê e esteja pronto para ajudar os pequenos a atravessarem esta fase sem maiores problemas.
O que é e quando a adolescência do bebê acontece?
Nossos pequenos estão sempre mudando, principalmente durante as fases de pico de crescimento. Porém, é entre o primeiro e o terceiro ano de vida que a adolescência do bebê ocorre. Esse surgimento acontece porque o bebê ainda está aprendendo a lidar com novos sentimentos, desejos, opiniões e outras situações da vida.
Assim, é super comum que, durante a fase da adolescência do bebê, ele queira tomar decisões por si só - e acabe se frustrando com uma resposta negativa dos pais ou ao não conseguir realizar tarefas, como calçar um sapato sozinho. E mais comum que isso são as reações da criança, que podem variar entre choramingar, se espernear, se irritar e gritar, quando não todas de uma só vez.
Mas é nesta mesma fase que os bebês estão aprendendo a desenvolver sua autonomia e alguns podem evoluir mais rapidamente do que outros. Por isso, é importante saber lidar com todas estas diversas emoções. Abaixo, falaremos um pouco sobre como agir nessas situações.
Todas as crianças passam pela fase da adolescência do bebê?
Bom, nem sempre. Como é uma fase de conhecimento de novos sentimentos e novas sensações, a personalidade do bebê irá influenciar bastante em seu jeito de lidar com suas frustrações. Assim, enquanto algumas crianças podem se mostrar bravas, tristes etc. diante de uma situação diferente, outras podem se mostrar um tanto quanto ‘maduras’ e conseguir lidar com o problema de maneira calma - às vezes calma até demais para uma criança.
Porém, uma vez que sua criança está na fase da adolescência do bebê, você terá que lidar com a situação; ou seja, ela não pode ser evitada, mas pode ser amenizada.
Como lidar com essa fase?
Assim como qualquer outro problema em relação aos nossos pequenos, a adolescência do bebê tem que ser levada com muita calma e paciência por parte das mamães e papais.
Mantendo a paciência
Um dos principais métodos de lidar com a adolescência do bebê é sempre cuidar para manter os pequenos calmos, principalmente através da conversa. Ao conversar com uma criança que está tentando entender seus sentimentos, você estará a tratando de uma maneira madura e ela entenderá que quando algo a incomodar, ela poderá trazer o problema até você para que resolvam juntos.
Assim, este exemplo de adulto maduro deve estar presente até mesmo nos momentos de birra. Uma dica essencial é prestar atenção na criança, olho a olho, e perguntar o motivo de sua impaciência. Quando apresentado o problema, a conversa é a chave para a resolução: apresente outras alternativas ou o porquê de não realizar tal ação, como a possibilidade da criança se machucar. Oferecer ajuda à criança também é uma boa opção, podendo ensiná-la outras maneiras de lidar com o problema.
Por fim, distraí-la através de músicas ou historinhas caso ela não consiga se acalmar é uma alternativa para acalmar os ânimos do ambiente. Assim, os conflitos são resolvidos no diálogo, sem a necessidade de broncas.
A importância do tratamento carinhoso
Além de tratar a criança de maneira racional e tranquila, acolhê-la é um importante passo para criar este vínculo de confiança entre você e seu pequeno. Primeiramente, é importante lembrar que, apesar de ainda ser um bebê, seu pequeno também merece um tratamento respeitoso e, apesar de difícil, se esforçar para manter a calma e paciência ajudará para que o bebê também te compreenda.
Outro significante ponto é lembrar que a adolescência do bebê não passa de uma fase; ou seja, é apenas um período emocional passageiro. Porém, apesar de passageiro, é um período crucial para o desenvolvimento emocional e social da criança. Por isso, é tão importante levar suas emoções a sério.
Lembre-se também que a criança não sabe ainda o que está fazendo, então nenhuma de suas ações são de propósito para irritar os papais e as demais pessoas presentes. O processo inteiro trata-se, apenas, da vontade dos pequenos de conquistar sua independência e autonomia física e emocional em seu dia a dia, como ao comer sozinhos ou calçar um sapato.
Assim, além do respeito, o carinho é um grande pilar ao construir esta relação saudável entre pais e bebês e do bebê com si mesmo. Pegar a criança no colo, abraçá-lo, confortá-lo através de carinhos em seu cabelo e bracinhos e palavras de conforto demonstrando como você entende a situação e que está tudo bem irão ajudar a acalmar uma criança agitada. Porém, se a criança não quer um abraço ou não está confortável em seus braços, a deixe ir.
Se a criança sentir que está sendo presa ou sendo impedida de algo, a birra pode aumentar e ela irá extravasar seus sentimentos. E lembre-se também de que uma hora a birra acaba. Ou seja, quando a criança parar de chorar e entender seu sentimento, ela irá até você e provavelmente pedirá colo. Neste momento, acalmá-la mais ainda com palavras e ajudá-la a entender a situação é uma maneira de progredir com os sentimentos.
Criar uma rotina saudável também pode ajudar a reduzir os ‘sintomas’ da adolescência do bebê. Isso porque quando há uma rotina, a criança tende a ficar menos cansada e ter seus horários específicos para comer, assim se irritando menos quando estão com fome ou diante de qualquer frustração.
Além disso, a prevenção é sua melhor amiga nesses momentos: andar com um lanchinho ou distração na bolsa podem ser pontuais para distrair a criança na hora da birra.
Fez birra em público, e agora?
Seja durante um passeio, na hora de entrar no carro para ir embora ou até mesmo na escola, se sua criança se chateou e já está se esperneando, você pode não saber muito bem como lidar. É comum que, principalmente em público, as pessoas não entendam que as crianças tenham seus próprios gostos e opiniões. Assim, se sua criança se jogou no chão em público e começou a chorar, de primeira, já descarte a opção de batê-la. Abaixo, explicaremos um pouco do porquê evitar as palmadas.
É importante entender o motivo da birra. Se a criança quer algo do mercado que você não irá levar, explique o porquê de você não conseguir. Outro exemplo é quando a criança está batendo em algum amiguinho ou algo do tipo. Fazê-lo compreender que aquele ato é errado e pode machucar o próximo é mais eficaz do que bater na criança.
Guiar a criança do que se pode ou não fazer antes de sair de casa também pode auxiliar em seu comportamento futuro. Avisá-lo do porquê se comportar em público, porque comer direito, entre outras atitudes, irão fazer com que a criança evite birras.
Evite dar broncas na criança na frente dos outros, pois ela também pode ficar constrangida. Prefira mudar o foco da birra, como oferecer outra opção de comida, mostrar um brinquedo ou chamar a atenção para algo passando em volta. Se a birra persistir, procure tirar a criança da visão de outras pessoas e, com calma, conversar com ela.
Não demonstre que está bravo, pois assim, a criança pode se sentir ameaçada e, consequentemente, chorar mais. Apesar disso, demonstre estar desapontado, pois assim, a criança não irá repetir a birra.
Por que não educar com violência física
Muitos adultos acham correto ‘dar uns tapinhas’ para corrigir a criança. Porém, além de não recomendado, apelar para a violência física na fase de adolescência do bebê pode fazer com que ele deixe de confiar em você. E, além da desconfiança, a criança pode desenvolver dois sentimentos ruins em relação aos pais: o primeiro é o medo, se excluindo socialmente e o segundo é a raiva.
A criança, além da dor física, desenvolve uma dor emocional que pode gerar o trauma. O trauma infantil pode desencadear diversos problemas que irão ter influência até nas escolhas de sua vida adulta. Muitas vezes, estes comportamentos durante a adolescência do bebê são derivados de algum desejo, por exemplo, a criança quer apenas a atenção de seus pais e essa causa secundária pode se tornar uma birra.
Assim, quando uma mãe, pai ou alguém da rede de apoio bate na criança, ela pode transformar essa situação em uma desconfiança dentro de sua cabeça. Assim, a pessoa que a protege, através de seus olhos, vira uma espécie de ‘monstro’. Além disso, ao utilizar de força física, a criança não entenderá o motivo do porque não fazer certas coisas, apenas que não pode. Dessa maneira, sua inteligência emocional também não estará sendo desenvolvida.