Considerada mais tranquila do que a primeira, a segunda gravidez ainda tem algumas diferenças e precisa de cuidados específicos.
A primeira gravidez é um momento marcante na vida das mamães e papais. Tão especial quanto, é claro, é a segunda gravidez! Esta segunda, porém, se difere da primeira em diversos aspectos físicos e emocionais, e, levando em conta a bagagem que a mãe carrega de sua primeira gravidez, ela pode ser considerada mais fácil.
Pintou aquela curiosidade de saber mais sobre o tema? Venha com a gente! Separamos algumas dicas que você precisa saber sobre a segunda gravidez e seus sintomas.
Os principais sintomas da segunda gravidez
A gravidez é diferente para cada mulher e os sintomas podem variar de corpo para corpo. Porém, há alguns sintomas comuns como enjôos, náuseas e dores na lombar. Mas, se compararmos duas gestações da mesma mulher, podemos ver as semelhanças e diferenças entre a primeira e a segunda gravidez.
Sintomas físicos
O primeiro sintoma comum é que, na maioria das mulheres, a barriga fica saliente mais cedo na segunda gestação. Isso ocorre porque os músculos já estão adaptados para receber o volume do útero. Neste cenário, a barriga da segunda gravidez já irá começar a ficar mais aparente durante o terceiro e quarto mês, diferente da primeira, que começa após o quinto ou sexto mês.
O segundo sintoma que aparece antes são os chutes. Normalmente, a mãe começa a sentir o bebê chutar na primeira gravidez entre 20ª e 22ª semanas. Já na segunda, ela pode sentir estes chutes já entre as 17ª e 18ª semanas do bebê. O cansaço também pode ser maior durante a segunda gravidez.
A soma de alguns fatores como os sintomas da gravidez, trabalho, tarefas domésticas e também os cuidados com o primeiro filho podem resultar em fadiga para as mães de segunda viagem. Além dessas causas, as noites mal dormidas também podem ser prejudiciais na gravidez, causando insônia nas mamães e, consequentemente, mais cansaço.
O peso também é um fator que se altera na segunda gestação. As mães costumam ganhar menos peso na segunda gravidez - tendo uma alimentação regrada ou não. O mesmo ocorre com o crescimento dos seios: na segunda gestação, eles podem não crescer tanto e também não ficar tão sensíveis quanto na primeira. Além disso, os bebês da segunda gestação costumam ser, na maioria das vezes, mais pesados do que os da primeira.
Questões relacionadas à circulação são mais sensíveis na segunda gravidez
As mamães também podem notar algumas diferenças na pele, como o surgimento ou aumento de varizes em comparação com a primeira.
A explicação médica para isso é que, quando na primeira gravidez, os vasos sanguíneos passam por dilatação e não voltam 100% ao que eram. Assim, na segunda gravidez, a tendência é que a dilatação dos vasos ocorra mais rapidamente, gerando varizes. A idade da mãe também pode ser um fator alterante nesse caso. Por fim, temos as contrações - também conhecidas como contrações de Braxton Hicks -, que preparam o corpo da mãe para o grande dia. Na segunda gravidez, elas podem ser mais fortes.
Sintomas emocionais e psicológicos
Além dos sintomas físicos, as grávidas de primeira e segunda viagem podem passar por sintomas emocionais. As preocupações podem ser um dos principais sintomas e é muito comum que as mães se preocupem tanto com seu filho já nascido quanto com o que está para nascer.
O desenvolvimento do bebê, sua saúde, a adaptação do irmão mais novo e do mais velho ao ambiente familiar, as despesas e a atenção necessária para duas crianças são questões que costumam rondar a cabeça das mamães. A ansiedade também é comum, mas em alguns casos, menor do que na primeira gravidez. Isso ocorre porque a mãe já sabe como é cuidar de uma criança então o processo irá ser um pouco mais fácil.
Porém, ainda há mães que se sentem mais ansiosas na segunda gravidez e isso pode ter várias causas externas, sendo extremamente comum. Outra preocupação também é sobre o enxoval e esta pode diminuir bem na segunda gravidez. A mãe já está preparada e sabe dos itens que irá e não irá usar. Além disso, se o segundo bebê for do mesmo sexo que o da primeira, alguns itens poderão até mesmo serem reutilizados, como roupas e sapatos.
O parto também pode ser algo que envolve muitas emoções para as mães. Caso a experiência do primeiro parto não tenha ocorrido como o esperado, a mãe tem a oportunidade de repensar para o parto do segundo. Além disso, se o mesmo procedimento for escolhido, a mãe tende a ficar mais calma e preparada (tanto psicologicamente quanto fisicamente), já que o processo já é conhecido.
Alguns sintomas permanecem os mesmos
Algumas mães têm sintomas frequentes na primeira gravidez e estes podem reaparecer na segunda. Eles podem alterar para mais ou para menos, mas é comum que venham na mesma frequência que de costume. São eles:
- Vontade de urinar frequente (micção): como o bebê está em constante crescimento, o útero costuma pressionar a bexiga, assim, a vontade de ir ao banheiro também aumenta;
- Enjoos matinais nos primeiros trimestres: são muito comuns, ainda mais quando em contato com cheiros ou gostos. O paladar da mãe se altera na gravidez, mas após alguns meses é comum voltar ao normal;
- Fadiga: O metabolismo da mãe acelera e queima mais energia, assim, é comum que as mamães sintam mais cansaço e, consequentemente, fadiga;
- Desejos e aversões alimentares: assim como os enjoos matinais, os desejos e aversões alimentares estão ligadas ao paladar da mãe e dos nutrientes que o corpo da mãe deseja;
- Constipação: este problema é recorrente entre as mães e é causada por movimentos intestinais irregulares ocasionados pelas alterações hormonais;
- Congestão nasal: também causada pelas alterações hormonais, pode ocorrer durante o segundo e terceiro trimestre da gestação;
- Alterações de humor e hormonais: as alterações de humor são consequências das alterações hormonais provocadas pelo corpo. Eles mudam a cada trimestre - ou em menor período - e podem variar entre felicidade, medo, tranquilidade, irritabilidade, amor, tristeza, ansiedade, impaciência e excesso de sensibilidade, sendo comuns os choros “sem motivo”;
- Cólicas ou inchaços abdominais: normalmente, as cólicas aparecem no final da gravidez e são ocasionadas pelas contrações que antecedem o parto. Já o inchaço ocorre por conta da retenção de líquidos e pode ocorrer em membros como mãos e pés;
- Sono excessivo: o sono excessivo é uma das consequências ligadas à fadiga e também ocorre por conta do maior gasto de energia neste período de gestação;
- Corrimentos: os corrimentos são normais e provenientes da produção hormonal. Porém, se houver variação na cor, odor e até mesmo coceiras e outros sintomas que fujam do comum, é necessário consultar seu obstetra.
- Acne e/ou oleosidade da pele: a acne na gravidez também é proveniente da produção hormonal da mãe, principalmente da produção de progesterona e outros hormônios sexuais, assim como em outros períodos, como os que antecedem a menstruação. É comum que a acne passe, mas caso necessário, consultar um dermatologista é recomendado.
Outra coisa que tem a possibilidade de reaparecer são as complicações gestacionais, e isso pode ser um sinal de alerta. Casos como partos prematuros, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e até mesmo depressão pós parto têm maior risco de voltar a aparecer durante a segunda gravidez e até em outras seguintes.
Dicas para a segunda gravidez
As mamães de segunda viagem já sabem como lidar com bebês. Mas não é por isso que elas não podem fazer uso de algumas dicas que podem facilitar suas vidas. A primeira dica e, provavelmente, a mais importante - é sempre consultar seu médico e/ou obstetra, principalmente assim que souber da segunda gravidez. Com histórico de complicações anteriores, o médico será o responsável por guiar melhor a mãe e acompanhar de perto a sua gravidez, visando o bem estar da mãe e do bebê.
O cansaço também pode ser rebatido com soluções simples. O peso da barriga, somado com dores na lombar e com o trabalho e tarefas domésticas podem sobrecarregar a mãe. Os pais ou até mesmo familiares próximos podem ajudar as mamães com simples gestos, como realizar as tarefas domésticas que requerem mais esforços - como limpeza e organização. Além disso, cuidar do primogênito, dar banho e alimentá-lo são tarefas que podem ser feitas por terceiros, dando um tempo de descanso e tranquilidade para a mãe gestante.
Alguns sintomas físicos não podem ser tratados a curto prazo, mas sintomas como o enjoo matinal podem ser reduzidos. A mãe pode manter comidas como bolacha de água e sal por perto para comer ao acordar, levantando sua taxa de açúcar no sangue e diminuindo o mal estar.
As mães podem ficar atentas caso sintam contrações ou até mesmo o rompimento da bolsa antes da hora certa, pois, na segunda gravidez, ela pode já estar em trabalho de parto.