Descubra os impactos psicológicos que a criação de pais superprotetores causa.
As crianças nascem sem entender nada do seu entorno. Por conta dessa falta de conhecimento e de sua fragilidade, precisam ser orientadas e zeladas. Contudo, muitos pais e responsáveis exageram na quantidade de cuidado e se tornam pais superprotetores.
Os pais superprotetores estão constantemente “em cima” de seus filhos, impedindo que corram qualquer tipo de perigo. Isso, ao invés de proteção, causa na criança um sentimento de insegurança. Há um outro termo para isso, se chama “paternidade-helicóptero”, os pais que estão sempre de olho em seus filhos.
Confira se você é superprotetor com seu filho, as consequências dessa criação para os filhos e como lidar com situações como essa. Boa leitura!
Você é superprotetor?
Como saber se você se enquadra na paternidade-helicóptero? Um grande desafio para os pais é saber medir a quantidade ideal de proteção que precisa ser dada aos filhos.
O problema começa quando os responsáveis impeçam que a criança passe por qualquer problema ou frustração, porque dessa forma, estão impedindo também o crescimento e desenvolvimento pessoal da criança. Os pais superprotetores começam a ter essas atitudes por amor, mas acabam criando pessoas que talvez nunca saibam lidar com os problemas da vida sozinhas.
Outra característica comum em pais superprotetores é tratar o filho como um bebê indefeso mesmo ele não sendo mais um há muito tempo. A consequência disso? A criança cresce aceitando que é indefesa e precisa dessa proteção sempre.
Outros traços são:
- Não impor limites aos filhos;
- Permitir que o filho coma sem algum controle;
- Uso excessivo de dispositivos eletrônicos;
- Realizar atividades que deveriam ser função da criança;
- Ceder a todas as vontades da criança e às pirraças;
- Ser invasivo;
- Controlar ciclo social do filho;
- Presentear muito.
As causas da superproteção
A superproteção não provém de alguma má intenção, geralmente é causada por problemas pessoais dos pais, como sentimento de culpa, ausência, separação conjugal, busca por compensação, perfeccionismo, criação muito rígida.
As consequências de ter pais superprotetores
A principal consequência para os filhos de pais superprotetores é a adversidade ao lidarem com seus problemas de maneira independente, já que nunca tiveram a oportunidade de passar por situações complicadas sozinhas e pensar em soluções por conta própria. A vida não é perfeita, ao contrário do que muitos pais desejam intensamente para seus filhos. Os superprotetores muitas vezes tem uma absurda dificuldade de aceitar que as crianças devem enfrentar seus impasses e lutar por seus desejos para alcançar seus objetivos.
Além disso, muitas vezes a realidade dura e com impasses é disfarçada para a criança. Isso implica em situações onde ela será pega de surpresa por adversidades quando for mais velha e não saberá o que fazer. Ao sofrerem por antecedência, os pais auxiliam seus filhos desnecessariamente ou sem antes nem um pedido de ajuda da parte dos pequenos. Dessa maneira, as crianças podem ter sua autoestima e autoconfiança prejudicadas.
De modo geral, essas são as principais consequências das atitudes dos responsáveis superprotetores sobre as crianças:
- A criança não amadurece;
- A autoestima e autoconfiança são prejudicadas;
- A criança pode desenvolver estresse, ansiedade e depressão;
- A criança não aprende a enfrentar dificuldades;
- Os pais causam o efeito contrário do esperado;
- Dependência, medo e agressividade.
No dia a dia, as crianças que sofrem com isso não conseguem ficar longe dos pais, não conseguem expressar seus sentimentos, medo de julgamento dos pais sobre seus atos. À medida que os pais fazem tudo para seus filhos ou até por eles, estão na realidade impossibilitando o amadurecimento e crescimento pessoal da criança, impedindo que ela se torne um adulto saudável mentalmente. A facilidade não delineia o comportamento e caráter. Os erros, inseguranças e dúvidas fazem parte do desenvolvimento e formação do indivíduo. Privar os filhos disso não fará com que eles não sofram.
Como lidar com pais superprotetores?
O diálogo pode ser a principal chave para lidar com a superproteção. Caso você passe por isso, o ideal é encontrar um tempo para conversar com eles sobre suas frustrações. Uma dica é sempre falar na primeira pessoa do singular. Dessa forma, seus sentimentos são colocados como prioridade e seus filhos não sentirão que estão sendo julgados. É importante manter seu posicionamento de maneira firme, mas com respeito e abertura para conversar.
Outro jeito de lidar com isso é criar certos limites; por exemplo, verbalizar quando não precisa de ajuda. Ajude seus pais a reduzirem a ansiedade em relação a você e mostre que é capaz de tomar boas decisões, mas seja suscetível aos conselhos.
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