Separamos dicas essenciais para o pai de primeira viagem encarar a nova jornada em sua vida.
Tudo o que é desconhecido vem sempre acompanhado. E, por mais que lhe digam que a novidade é como andar de montanha russa, você só vai entender depois de experimentar. Essa experiência será narrada de maneira única para cada indivíduo, de acordo com sua personalidade e vivência prática.
Ser pai pela primeira vez é uma experiência única, resultado da combinação entre personalidade e circunstâncias que marcam a história de vida. Fundamental destacar a presença de um bom médico obstetra, que transmitirá à mãe e ao pai a tranquilidade necessária para o momento especial. Cada situação será diferente e única, mas qual deve ser o papel do pai na aventura de trazer ao mundo uma nova vida?
Neste texto, vamos dar algumas dicas do que fazer para criar proximidade e afeto com o seu filho ou filha. Portanto, se você é um pai de primeira viagem, não perca essa leitura!
Pai de primeira viagem: e agora?
Esperar pela chegada do bebê pode gerar agonia, bem como os primeiros meses pós-parto. Nessas situações, é comum pai e mãe sentirem-se em segundo plano após perderem a espécie de protagonismo. Aí vem um primeiro conselho: não esqueça de se cuidar. Para receber bem a criança, os genitores precisam estar calmos. Em vários casos, parentes e amigos oferecem apoio à grávida - o que, sem dúvidas, já é ótimo.
Mas, se estivermos falando de um pai de primeira viagem, ele também estará preocupado. É essencial que o homem também busque apoio, seja em livros, filmes, conversas com profissionais, amigos ou familiares.
Nessa fase de espera, muitos pais não sabem como será o contato e a relação com o primeiro filho. É um momento que vem embalado em um coquetel de emoções! Entrar em choque e perder momentaneamente a voz ao observar a nova criatura? Ficar agitado e falante? São várias as possíveis reações do pai de primeira viagem.
E não adianta ensaiar antes. Por mais que você fique pensativo, e até ansioso, nenhum raciocínio é capaz de prever exatamente essa nova etapa. De qualquer forma, não há motivo para desespero.
Da gestação ao parto
Durante a gestação, é importante que o pai já converse com o bebê. Chame-o pelo nome, mencione seus futuros planos, a sua vida atual e expectativas. Sinta-se livre para se expressar sem nenhum filtro e acredite que aquela pequena vida já consegue lhe ouvir. No tão aguardado dia do parto, fique confortável para tocar e segurar o bebê, já rapidamente confirmando o vínculo vitalício entre esses dois seres.
Esse momento deve ser livre de pressão dos amigos e familiares. Não se desespere ao escutar opiniões contraditórias ou experiências diferentes da sua. É fundamental lembrar que cada caso é único. No final, o mais importante é sempre respeitar como você, papai, está lidando com a situação. Então, não force nada.
Naturalmente, por instinto, o recém-nascido, que passou nove meses na barriga da mãe, sente-se imediatamente mais confortável com sua mãe. Mas isso não deve ser pretexto para diminuir a importância do pai - trata-se apenas de papéis e espaços diferentes. A presença paterna ainda nos primeiros meses de vida, com toque e voz, é essencial.
O bebê precisa criar um vínculo com os seus responsáveis o quanto antes, e o contato direto é o melhor caminho. A longo prazo, essa segurança inicial irá refletir no crescimento de uma criança com autoestima e tranquilidade.
As mudanças na saúde
O processo de gerar um filho traz consigo uma série de mudanças. As alterações no corpo da mãe existem na gravidez e no pós-parto, devendo sempre ser observadas com carinho e apoio. Existem mudanças físicas, que mexem com a autoestima, além daquelas internas, envolvendo saúde física e mental.
Basicamente, é papel do pai prestar atenção na mãe, que sofre oscilações hormonais no corpo - e dependendo de como se deu o parto, pode estar exaurida. Não esqueça de perguntar constantemente à mulher como ela se sente e como você pode ajudar.
Vale lembrar que esse é um processo de adaptação para os dois, ou seja, tanto a paternidade quanto a maternidade jamais devem ser negligenciados. Quanto maior o afeto entre o casal, mais beneficiado será o bebê, pois pessoas felizes têm mais disposição e carinho para dar. Em síntese: ouça, mas também saiba falar. Dividam suas experiências, observações, medos e anseios.
Pré e pós-parto
No pré-parto, é recomendado que o pai esteja envolvido nas consultas médicas. Assim, ele poderá espiar o rostinho do bebê no ultrassom, além de ouvir e compreender o que os profissionais têm a dizer. Já em relação às pequenas escolhas, como enxoval e decoração do quarto, não custa nada dar alguns pitacos também.
Avançando um pouco, se o parto tiver sido cesariano, o pai deve ter bastante prontidão e carinho para auxiliar a mãe no seu resguardo, ou providenciar ajuda médica. Nesse caso, uma enfermeira ou alguém capacitado e de confiança, seja remunerado ou alguém conhecido que tenha se oferecido, pode ser de extremo auxílio.
Na grande maioria das vezes, a rotina do bebê afeta o sono do casal e, consequentemente, o cotidiano como um todo. Portanto, é importante estar preparado para eventuais cólicas, regurgitações ou alterações de horários do pequeno.
É necessário entender que aquela pequena vida depende completamente dos pais. O bebê precisa mamar a cada três horas, tomar banho, trocar a fralda, trocar roupa, ser observado constantemente se está com frio ou calor etc. Essas tarefas, com exceção da amamentação, podem ser divididas entre o pai e a mãe. Principalmente quando se trata de uma criança que chora muito, o acolhimento pelo casal deixará tudo mais fácil, além de fortalecer o vínculo.
Planejamento para a chegada do bebê
A organização para cuidar dessa nova vida requer planejamento. A demanda na lavanderia será maior; quem cozinha vai ter menos tempo para essa atividade, e por aí vai. Em outras palavras, tudo precisa incluir o tempo do dia gasto no cuidado do bebê e as tarefas pertinentes ao seu cuidado. Não subestimem essa nova empreitada!
Além da logística do cotidiano, é primordial levar em consideração outro aspecto: o seu bolso. Para que tudo não fique muito pesado, comece o planejamento logo no início da gestação. Saiba quais deverão ser os gastos na gravidez, e depois, quando a creche ou escola entrarem no jogo.
Pensando nisso, você pode analisar a possibilidade de investir ou separar um dinheiro exclusivo para as necessidades da criança.
Depois da paternidade, receber visitas deve ser um prazer, mas é preciso estar preparado para isso. Nesse contexto, o pai é muito importante ao prover todo o apoio necessário. O casal pode conversar com antecedência sobre qual será a logística para conseguir dar a devida atenção aos convidados, de modo que todos se divirtam.
Recomendações culturais
Outro meio - leve e descontraído - para preparar o pai de primeira viagem é recorrer a obras sobre o tema. Como primeira recomendação, temos um filme de 1995, com Hugh Grant e Julianne Moore, chamado "Nove Meses'', no qual a gestação, expectativas e mudanças necessárias são abordadas. Nele, a perspectiva do pai também fica em evidência.
Também orientamos a leitura, já conhecida por muitas mães, mas que pode ser realizada também pelos papais. No livro “O que esperar quando você está esperando”, dos autores Heidi Murkoff, Arlene Eisenberg e Sandee Hathaway, a temática é muito bem abordada, com visões variadas e capazes de trazer uma prévia a quem estreia na paternidade.
O título acima, inclusive, fez tanto sucesso que deu origem a um filme, com o mesmo nome, em 2012. É uma comédia descontraída com fortes nomes no elenco: Jennifer Lopez, Cameron Diaz, Chris Rock e o brasileiro Rodrigo Santoro.
Em suma, ter um filho ou filha é uma verdadeira revolução. E para que corra tudo bem, prepare-se! Maturidade, confiança e persistência são conceitos fundamentais para a jornada que se inicia.
Dicas para o pai de primeira viagem
Resumindo parte do que já falamos e trazendo novos pontos, organizamos uma lista de dicas para os papais de primeira viagem. Serão seis conselhos importantes. Anote aí!
1 - Participe da vida do seu filho desde a gestação
É importante acompanhar todas as fases gestacionais. Inúmeras pesquisas confirmam que o feto absorve sentimentos e reconhece inclusive as vozes de quem está mais próximo.
A partir da 16ª semana, ele distingue sons e a partir da 24ª responde a eles. Portanto, você pode e deve conversar com seu filho. Ele estará receptivo desde o começo ao seu amor. Se possível, acompanhe sua parceira no pré-natal e em consultas médicas.
2- Converse com o bebê
Quanto mais você conversar com o bebê, mais fácil será para que ele o reconheça. Estabeleça esse vínculo já na gestação, e, após o parto, continue conversando. O bebê pode não compreender as palavras, mas entende seu amor.
Não tenha vergonha, nem se sinta embaraçado com a situação. Repita palavras com insistência, como "papai", "querido", "amor" - você vai ficar muito feliz se ele disser uma dessas palavras, até mesmo antes de dizer o clássico "mamãe".
3- Entenda as necessidades do seu filho
A criança precisa se alimentar - e, mesmo que por alguma questão ele não esteja sendo nutrido com leite materno, o vínculo com a mãe é instintivo. Não significa que ele não gosta do papai. Portanto, seja compreensivo. Para aumentar a proximidade, você pode abraçá-lo sem camisa, para que ele sinta o calor da sua pele, aumentando a confiança.
4- Brinque com o bebê
A brincadeira relaxa o bebê. Além disso, para um pai, é delicioso ouvir a risada da criança, além de facilitar a chegada do sono para seu pequeno.
5- Toque músicas
A música estimula o desenvolvimento do bebê, trabalhando suas capacidades cognitivas, emocionais, perceptivas e motoras, além de trazer relaxamento. Preste atenção se a criança não está incomodada com a música. Se sim, troque imediatamente por outra até perceber que ela está satisfeita.
Uma dica extra: cante você mesmo! Pouco a pouco, você já estará construindo fortes memórias afetivas.
6- Organize sua rotina
Faça o possível para estar presente em todas as fases de desenvolvimento do seu filho. Tenha em mente que é tudo bastante cansativo; e, para aliviar e tornar tudo prazeroso, você deve estar tranquilo.
Por mais clichê que essa frase seja, é verdade: o tempo não volta atrás! Procure se organizar junto com a parceira, porque um casal feliz tem filhos mais felizes.