Dar início a uma gravidez aos 40 pode ser um desafio, mas também pode ser muito prazeroso. Fique por dentro do assunto e saiba como ter segurança neste processo!
A gradivez aos 40 tem se tornado cada vez mais comum. Na última década, as mulheres têm deixado o sonho de ser mãe para um momento mais propício, por isso, a gravidez vem ocorrendo cada vez mais tarde.
Isso acontece porque, atualmente, questões como o foco nos estudos e a dedicação à carreira têm feito com que a grande maioria das mulheres acabem optando por retardar o sonho de ser mãe. Neste contexto, não são raros os casos, em que o planejamento - ou a falta de oportunidade - faça com que a gestação ocorra somente após os 40.
No entanto, a gravidez aos 40 traz algumas particularidades que são importantes para o conhecimento das mulheres. Afinal, a reserva de óvulos é reduzida nesta idade, fazendo com que as chances de engravidar sejam minimizadas. Ao nascer, a mulher tem um estoque finito de óvulos, aproximadamente 300 mil deles, e estes vão se esgotando ao longo dos anos.
Ao atingir os 35 anos, uma drástica diminuição dos óvulos ocorre e, por essa razão, a gravidez aos 40 se torna mais complexa.
Muitas pessoas se perguntam se é possível dar início a uma gestação na casa dos 40 anos? Para esta dúvida, nossa resposta é sim! É totalmente possível, mas alguns pontos precisam ser observados.
Ao chegar na casa dos 40, a chance de uma gravidez espontânea cai para 50%. Já aos 43 esse percentual tem uma queda acentuada para 1%. Dois anos depois, após os 45 anos, é praticamente improvável engravidar a partir de óvulos próprios.
Nos dias atuais, o exame considerado como marcador ideal para analisar a reserva ovariana é o de hormônio antimülleriano, geralmente acompanhado de uma ultrassonografia transvaginal. Todavia, essa análise não é inteiramente confiável.
Em primeiro lugar, qualquer gravidez iniciada aos 40 ou idade superior é considerada de alto risco. Isso ocorre principalmente pela predisposição que as mulheres desta idade têm em desenvolver doenças que causem complicações na gestação. Algumas delas são: diabetes, hipertensão, obesidade, doenças da tireoide, questões hormonais complexas, envelhecimento do útero etc.
Com relação aos riscos para o bebê, é importante saber que as probabilidades de alterações cromossômicas estruturais e numéricas são muito superiores. Estas questões podem desencadear, por exemplo, as síndromes de Down, Asperger, Edwards, Patau, entre outras.
Uma gestação nessa idade também acompanha um grande risco de haver parto prematuro, gestações múltiplas, anomalias placentárias, crescimento intrauterino restrito e natimortalidade. Todos estes riscos podem, no entanto, ser minimizados caso a mulher conte com um planejamento e um acompanhamento feito por profissionais de qualidade nas áreas de medicina e nutrição.
Ao ouvirmos os riscos de uma gravidez aos 40, tendemos a ficar um pouco assustados. Contudo, alguns estudos apontam a existência de vantagens em ser mãe após os 40 anos. O maior benefício está na maturidade da mulher, que, a esta altura, tem uma visão muito mais adequada sobre o que é ser mãe.
As mulheres mais maduras são, em um aspecto geral, melhor instruídas e, por isso, tendem a tomar decisões com mais calma, de forma inteligente e saudável. Além disso, elas costumam estar com uma estabilidade maior na vida profissional.
Como o bem estar do bebê tende a vir em primeiro lugar, a mulher aos 40 é muito mais propensa a não abrir mão do processo de amamentação, que é crucial para o pleno desenvolvimento da criança. Os estudos indicam que a gravidez aos 40 costuma ser mais curtida e desejada pelos pais, especialmente quando a maioria das dificuldades financeiras já ficou para trás.
Ao contrário das gestações que ocorrem antes dos 35 anos de idade, nas quais o pré-natal é iniciado assim que a gravidez é descoberta, a gravidez após os 40 exige um acompanhamento médico antes mesmo de dar início à gestação. Isso acontece pelo fato de, a partir disso, ser possível controlar qualquer quadro de saúde que venha a intervir no processo de gerar um bebê.
Dentre os cuidados que o acompanhamento irá sugerir, um dos mais comuns é a indicação de suplementação com ácido fólico seja iniciada pelo menos três meses antes de engravidar. Afinal, segundo os especialistas, isto irá minimizar quaisquer possíveis falhas congênitas.
Levar uma gravidez aos 40 requer um cuidado redobrado com a saúde da futura mãe. Uma vez que a mulher está muito mais propensa a alterações cardiovasculares, diabetes e hipertensão, por exemplo. Sendo assim, é imprescindível fazer um check-up geral e com muita atenção antes de engravidar, para não colocar em risco a vida da mãe ou do bebê.
A futura gestante também deve se informar bastante sobre o risco de aumento de doenças genéticas, complicações gestacionais e malformações. É preciso, em suma, estar sempre em contato com o médico responsável para obter informações a respeito de testes que deverão ser realizados durante o período gestacional para identificar quaisquer complicações.
O aparelho reprodutor feminino sofre um efeito implacável do relógio biológico, havendo uma perda acentuada no estoque ovariano entre os 35 e 40 anos. Além desta perda numerosa de óvulos, existe a perda da qualidade dos restantes, tornando-os mais propensos a abortos espontâneos.
Ainda que a fertilização in vitro (FIV) seja bastante eficaz, as despesas com o tratamento são significativas. Sendo assim, antes de recomendar este tratamento, é preciso que uma série de exames sejam feitos para que o especialista em reprodução humana analise de maneira minuciosa.
Infelizmente, umas das opções chamada de inseminação intrauterina, que se baseia no estímulo da ovulação por meio de medicamentos e da injeção de sêmen previamente colhido direto na cavidade uterina, não é recomendado para casos de gravidez aos 40. Isso porque os estudos indicam que a taxa de sucesso é muito inferior a 12%.
Já o processo da FIV em si, que se baseia no processo de estímulo hormonal para que os óvulos sejam colhidos antes da ovulação, e na fecundação em laboratório com o sêmen previamente colhido, costuma ter mais sucesso. Afinal, o embrião só é transferido para a cavidade uterina algum tempo depois. Nesta opção, a chance de êxito gira em torno de 45%.
Para um tratamento de FIV, não existe um limite de idade propriamente dito. No entanto, estudos apontam que ao atingir 45 anos, a probabilidade da gravidez com óvulos próprios tem apenas 1% de chance de sucesso. Aos 47, a situação fica ainda mais complexa pois o risco de alteração genética no embrião atinge os 100%.
Uma outra forma de conseguir deixar a gravidez para a idade que julgar adequada, embora exija um gasto considerável, é o congelamento dos próprios óvulos. Dessa forma, os óvulos são mantidos jovens e saudáveis para o momento oportuno. Para utilizá-los no futuro, o recurso seria a FIV.
Agora, se não for possível congelar os óvulos ou levar adiante uma gravidez com óvulos próprios devido às circunstâncias ou possíveis complicações, é possível recorrer à ovodoação, fazendo uso de material doado anonimamente à fertilização in vitro.
No Brasil, os óvulos não podem ser comercializados, devido às exigências do Conselho Federal de Medicina (CFM). Por isso, o anonimato do doador também deve ser preservado. Também não é possível a doação entre familiares, por impedimento da atual legislação brasileira. Entretanto, as taxas de êxito de gestação em ciclos de ovodoação contam com mais de 50% de sucesso.
Isto é, existe uma grande variedade de alternativas para tratamento de gravidez aos 40 ou mais, assim cada mulher pode optar pelo melhor para o seu caso, em conjunto com sua família e seu médico.
Iniciar uma gravidez aos 40 anos vai demandar uma atenção especial dos pais, principalmente das mães. Porém, isso não significa que mulheres não possam ser bem sucedidas nesta tarefa de formar suas famílias!
Para aumentar as chances de sucesso, é preciso cuidar da saúde para que tudo ocorra dentro do esperado a partir do melhor tratamento possível determinado pelo profissional para o caso.
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