Aprenda a identificar e o que fazer quando o bebê está com cólicas.
Todo mundo sabe que os bebês choram bastante, e que os choros podem ter diversos motivos: sono, frio, fome, desejo de atenção… Mas o que fazer quando você já tentou de tudo e o pequeno continua chorando? Provavelmente, o bebê está com cólicas (contrações da musculatura abdominal).
Não se assuste, mamãe e papai. Um bebê com cólicas não é sinônimo de bebê doente. As cólicas em recém-nascidos são esperadas e fazem parte de um processo de desenvolvimento da criança. Mas não é porque é natural que você não deve se preocupar em aprender mais sobre o assunto, não é mesmo? Portanto, continue lendo para aprender mais sobre cólicas em recém-nascidos!
O que é a cólica em recém-nascidos?
A cólica afeta aproximadamente 20% dos recém-nascidos. O bebê pode chorar ao ponto de ficar com a pele avermelhada. Esse choro costuma ser agudo e estridente, numa clara manifestação de dor e desconforto.
Por que acontecem?
Elas fazem parte do processo de desenvolvimento da criança. Portanto, são naturais e não costumam ser motivo de preocupação para os responsáveis. As cólicas ocorrem pelo fato de o bebê ingerir alimentos que sua flora intestinal ainda não é capaz de absorver devidamente. Portanto, a cólica nada mais é do que um efeito colateral do processo de adaptação e aperfeiçoamento da flora intestinal, bem como do sistema digestório do bebê.
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Quando acontecem?
Costumam ser ocasionais e geralmente aparecem entre a segunda semana até o quarto mês de vida da criança. Caso as cólicas do bebê permaneçam por mais tempo, procure um pediatra. Pode ser que o seu filho tenha refluxo, doenças inflamatórias intestinais ou alergia a algum alimento. Dessa forma, pode ser realizada uma dieta para a mãe, já que os alimentos que ela consome são capazes de influenciar o leite materno.
Possíveis causas das cólicas do bebê
Ainda não há consenso da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre o que exatamente pode gerar cólicas nos bebês. Confira abaixo os principais motivos.
- Imaturidade fisiológica: durante os primeiros meses de vida, o bebê não está completamente desenvolvido, e as cólicas podem ser parte do processo de maturação fisiológica da criança.
- Excesso de gases: como não estão plenamente desenvolvidos, os bebês podem absorver alimentos incorretamente.
- Hormônios intestinais: bebês com cólicas apresentam maiores índices de motilina (hormônio intestinal).
- Refluxo Gastroesofágico: retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago para o esôfago.
- Alergia à proteína do leite de vaca: comumente chamada de APLV, pode causar cólicas, náuseas, lesões na pele e vômitos. O diagnóstico ocorre no primeiro ano de vida.
- Ingestão de ar: o bebê ainda não consegue coordenar corretamente a respiração enquanto mama. Portanto, ocasionalmente, pode “engolir ar”.
- Intolerância à lactose: os efeitos normalmente são sentidos 1 hora após a ingestão de leite. Costuma causar diarreia, dor e inchaço nas barrigas, além de gases.
- Agitação: bebês podem ficar irritados e desenvolverem cólicas em ambientes agitados e barulhentos.
- Alimentação da mãe: alimentos ingeridos pela mãe podem ser repassados ao bebê por meio do leite materno; e alguns podem causar gases.

Como saber se o bebê está com cólicas?
- Já verificou as possibilidades de frio, calor, fome ou fralda suja e ele continua chorando.
- Contorce e flexiona as pernas em direção ao abdômen.
- Mãos com punhos fechados.
- Expressão de dor e sofrimento.

Remédios para bebê com cólicas
Existem medicamentos que aliviam o problema, mas apenas se forem receitados por um pediatra. Um dos tipos corresponde aos probióticos: formados à base de lactobacilos, que ajudam na formação da flora intestinal do bebê. Outros são os antiespasmódicos: utilizados para tratar espasmos musculares e cessar contrações involuntárias.

Chás
A mãe deve ingerir alguns tipos de chás para aumentar a quantidade de leite, visto que a hidratação é fundamental nesse processo.