Disquesia bebê

Saiba o que é a disquesia em bebê e o que fazer para aliviar o desconforto.

 

Nos primeiros meses de vida, é comum que os bebês enfrentem alguns desafios digestivos à medida que seu organismo se desenvolve. Um deles é a disquesia, uma condição temporária que pode causar desconforto e preocupação para os pais.

Embora possa parecer um problema sério, ela é parte de um processo natural do amadurecimento intestinal e tende a se resolver sozinha.

Hoje, vamos explicar o que é a disquesia em bebê, como identificar seus sinais e o que pode ser feito para ajudar o pequeno a passar por essa fase da melhor forma possível.

Boa leitura!

 

O que é disquesia em bebê?

A disquesia em bebê ocorre quando ele tem dificuldade para coordenar os movimentos necessários para evacuar. Diferente da prisão de ventre, onde as fezes são endurecidas, na disquesia elas são normais e macias, mas o bebê ainda não aprendeu a contrair e relaxar os músculos corretamente para eliminá-las.

Isso acontece porque, nos primeiros meses, o bebê ainda está desenvolvendo a coordenação entre o relaxamento do assoalho pélvico e a contração do abdômen.

Esse processo de aprendizado pode causar esforço e choro antes da evacuação, mas não é motivo de preocupação.

Principais sinais

Os sintomas mais comuns da disquesia em bebê incluem:

  • Choro e esforço antes de evacuar: o bebê pode parecer irritado, ficar vermelho e se contorcer por alguns minutos antes de eliminar as fezes.

  • Movimentos corporais intensos: é comum que o bebê mexa muito as pernas na tentativa de evacuar.

  • Fezes normais e macias: diferente da constipação, na disquesia as fezes não são endurecidas.

  • Desconforto passageiro: após evacuar, o bebê se acalma rapidamente e volta ao seu estado normal.

Essa condição geralmente ocorre entre as primeiras semanas e os 4 a 6 meses de idade, desaparecendo naturalmente conforme o bebê aprende a coordenar melhor os músculos intestinais.

Bebê com as perninhas dobradas para facilitar a evacuação

 

Disquesia em bebê é o mesmo que prisão de ventre?

Reiterando: não. Embora possam parecer semelhantes, a disquesia em bebê e a prisão de ventre são condições diferentes. Veja por quê:

  • Disquesia: o bebê tem dificuldade para coordenar os músculos para evacuar, mas as fezes são macias e normais.

  • Prisão de ventre: as fezes são ressecadas, endurecidas e podem causar dor ao serem eliminadas.

Se as fezes do bebê estiverem muito secas ou se houver presença de sangue, é importante procurar um pediatra para descartar outras condições.

 

Como ajudar o bebê com disquesia?

Embora a disquesia em bebê não precise de tratamento médico, algumas medidas simples podem ajudar a aliviar o desconforto. Confira.

1. Aguarde o processo natural

Apesar de ser difícil ver o bebê chorar, o melhor a fazer é permitir que ele aprenda a evacuar sozinho. Essa fase faz parte do amadurecimento do sistema digestivo.

2. Evite estímulos desnecessários

O uso de supositórios ou estímulos retais pode impedir que o bebê desenvolva a coordenação necessária para evacuar naturalmente.

3. Posição de cócoras

Segurar suavemente o bebê com as perninhas dobradas, simulando a posição de cócoras, pode facilitar a evacuação.

4. Massagem abdominal leve

Fazer movimentos circulares na barriguinha do bebê pode ajudar a relaxar os músculos e aliviar o desconforto.

5. Banho morno

A água morna ajuda a relaxar o bebê, aliviando a tensão muscular e facilitando o processo natural de evacuação.

6. Alimentação equilibrada

Se o bebê estiver em aleitamento exclusivo, a amamentação continua sendo suficiente para manter o trânsito intestinal regular.

Caso já tenha iniciado a introdução alimentar (a partir dos 6 meses), oferecer água e frutas ricas em fibras pode auxiliar o funcionamento intestinal.

Diante da disquesia em bebê, procure o pediatra

 

Quando procurar o pediatra?

Embora a disquesia em bebê seja uma condição passageira e sem complicações, algumas situações exigem atenção médica:

  • Se as fezes estiverem endurecidas ou ressecadas;

  • Se houver sangue nas fezes;

  • Se o bebê apresentar sinais de dor intensa e persistente;

  • Se houver dificuldade para ganhar peso.

Em caso de dúvida, é sempre importante contar com a orientação do pediatra para garantir o bem-estar do pequeno.