Saber quanto tempo dura o resguardo é a dúvida de muitas mães; entenda como lidar com essa fase tão delicada.
Uma das dúvidas mais comuns após o parto é sobre quanto tempo dura o resguardo, ou seja, o período em que a mulher deve se dedicar à recuperação do parto e evitar atividades que possam prejudicar a sua saúde.
Nessa matéria desenvolvida especialmente para as mamães que estão passando ou estão prestes a passar por essa fase, vamos abordar todas as informações importantes sobre o resguardo e como se cuidar durante o período.
Quanto tempo dura o resguardo e o que ele significa?
Também conhecido como puerpério ou quarentena, o resguardo é o nome dado à fase que se inicia logo após o nascimento do bebê e dura em média 45 dias (ou seis semanas), variando para mais ou para menos de acordo com o organismo e do tipo de parto realizado.
Nesse ciclo, a mulher passa por uma série de alterações emocionais, hormonais e físicas, pois aquele corpo que antes abrigava o bebê começa a se moldar novamente para retornar aos padrões anteriores à gestação.
Normalmente, as mulheres que dão à luz via parto normal se recuperam mais depressa, sobretudo se o parto não exigir nenhum tipo de incisão (corte para viabilizar a saída do bebê).
Por outro lado, aquelas que se submetem à cesariana tendem a precisar de um tempo maior para a sua completa recuperação. Isso acontece porque a cesárea é uma técnica mais invasiva e sete camadas são cortadas durante o parto, desde a pele até chegar ao útero.
Em geral, o que serve como base para definir quanto tempo dura o resguardo é o retorno da ovulação. Isso quer dizer que o organismo da mulher restabeleceu sua função reprodutiva e está apto a gerar uma nova vida.
O fornecimento de leite pode interferir no início do ciclo menstrual, isso porque o corpo da mãe entende que o bebê ainda precisa dela. Se por algum problema a mulher não está produzindo leite, a primeira ovulação após a gravidez não costuma ultrapassar as 6 semanas depois do parto.
As fases do resguardo
Assim que o bebê chega ao mundo, a mãe entra automaticamente na quarentena e diversas mudanças ocorrem, dia após dia, para que o corpo retome seu estado original. Porém, esse também é o período em que o organismo trabalha para atender às necessidades do bebê. Dado esse turbilhão de emoções, ele costuma ser marcante.
Segundo a literatura médica, existem três períodos bem definidos de puerpério. Confira abaixo.
Puerpério imediato
Os dez primeiros dias marcam a expulsão da placenta, o início das alterações hormonais, o colostro saindo das mamas, sangramento vaginal devido à escamação uterina, podendo haver anemia em função do sangramento no parto.
Puerpério tardio
Entre o 10° e o 45º dia, a produção de leite aumenta, tornando-se mais viscosa, e as alterações hormonais continuam em andamento. A mãe pode sofrer com incontinência urinária devido à distensão da bexiga durante a gestação, além de notar pequenas fissuras no mamilo ao início da amamentação.
Puerpério remoto |
A partir do 45º dia, não é possível afirmar com exatidão quanto tempo dura o resguardo. Mães que amamentam podem passar até um ano sem ovular. Nesse período é importante consultar o médico para entrar com um método anticoncepcional que ajude a regular o ciclo menstrual e evite uma nova gravidez antes que a mulher esteja física e emocionalmente pronta.
Como a mulher deve se preparar para o resguardo?
Após o parto, além de todas as mudanças que a mãe precisa enfrentar, existe um ser pequenino que depende exclusivamente dela. Isso pode ser assustador no início, o que leva a mulher a sentir cada emoção de forma intensa.
Não é incomum que ela queira chorar sem motivo aparente, especialmente com a sensação de exaustão que os primeiros meses da maternidade podem trazer.
Nesse sentido, é importante contar com uma rede de apoio e começar um planejamento familiar antes mesmo do parto. Para que a mãe consiga usufruir de alguns momentos de descanso, relaxamento e fazendo coisas que deem prazer a ela. Isso ajuda a enfrentar esse momento com mais tranquilidade.
A saúde durante o resguardo
Ainda que não dê para definir quanto tempo dura o resguardo, nessa fase é importante que a mulher tenha cuidado especial com a higiene íntima já que o local do parto pode ser tornar um local vulnerável a infecções.
Além disso, é necessário manter uma alimentação equilibrada e repouso adequado. Também é recomendado evitar exercícios físicos intensos, relações sexuais e esforços que possam comprometer a recuperação do corpo.
No caso de um parto normal, a mulher pode retomar as atividades cotidianas mais rapidamente, mas ainda assim deve seguir os cuidados recomendados durante o resguardo. É importante ressaltar que cada caso é único, e que a recuperação pode variar de acordo com a saúde da mulher e do bebê.
Já em relação à cesárea, o período de recuperação costuma ser mais longo e demanda mais cuidados. A mulher deve evitar esforços, carregar peso e movimentos bruscos que possam prejudicar a cicatrização da incisão.
É fundamental seguir as orientações médicas e ter acompanhamento regular, além de uma rotina de higiene no local da cirurgia para evitar contaminações.
Baixa na libido após o parto
É comum que após o nascimento do bebê os pais queiram retomar seus momentos íntimos de casal. Entretanto, as relações sexuais devem acontecer apenas após a liberação médica.
Contudo, mesmo com o aval do especialista, muitas mulheres relatam que a vontade em relação ao ato sexual sofre uma redução drástica. Em parte, isso acontece pelo cansaço natural de ter um recém-nascido em casa. Por outro lado, os hormônios liberados durante a amamentação provocam de fato uma queda na libido.
Além disso, muitas mulheres costumam sentir a região genital dolorida após o parto ou desconforto na hora dos momentos mais íntimos. É importante lembrar que, o parto provoca uma série de fissuras internas que levam tempo para cicatrizar completamente. Com isso, é normal sentir insegurança e pouca vontade.
Mas calma! Isso melhora com o passar dos meses.
Confira as dicas a seguir para que esse processo seja mais rápido e confortável:
O resguardo é um período importante e deve ser levado a sério para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. Observe quanto tempo dura o resguardo e respeite seus limites.
Cuidar da saúde nessa fase é fundamental para uma recuperação adequada e um retorno seguro às atividades cotidianas.